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Estudo de mercado como ferramenta formativa

  • Foto do escritor: Creed España
    Creed España
  • 25 de abr.
  • 3 min de leitura

Quando se fala em estudos de mercado, quase sempre se associa a decisões: decisões sobre produtos, sobre públicos, sobre estratégias. É compreensível, porque essa é a sua função mais imediata. Mas muitas vezes ignora-se um efeito igualmente importante, ainda que menos visível: o estudo de mercado também forma. Traz conhecimento a quem o recebe e transforma, de certo modo, a forma como se relaciona com o seu entorno.


Isso não acontece apenas porque o estudo apresenta dados novos, mas porque obriga a olhar a realidade de outro ângulo. No dia a dia de uma organização, é muito fácil cair em rotinas. Repetem-se fórmulas, assumem-se verdades não verificadas, constroem-se narrativas internas que, de tanto serem repetidas, acabam por parecer verdadeiras. Um estudo de mercado bem feito interrompe esse processo. Introduz um ponto de vista que não vem da intuição nem da experiência acumulada, mas de quem saiu para observar com método. E esse gesto, por si só, já tem valor pedagógico.


Pessoas a tomar notas numa reunião, simbolizando a reflexão e o pensamento crítico gerados a partir de um estudo de mercado.

A partir daí, o estudo de mercado não serve apenas para informar. Serve para ativar perguntas. Por que este público pensa desta forma? O que realmente significa esta diferença de perceção? De onde vem a contradição entre o que se diz e o que se faz? Este tipo de questões raramente surge a partir de dentro, porque o “dentro” tende a confirmar o que já se sabe. O estudo quebra esse conforto. Abre espaço para conversas. Move ideias.


Muitas vezes, um estudo de mercado não traz uma grande revelação, mas oferece uma nova forma de estruturar aquilo que já se intuía. Ajuda a organizar. A distinguir o essencial do acessório. A ver padrões onde antes havia apenas casos isolados. Essa clareza também ensina. Não altera decisões de um dia para o outro, mas muda a forma como se pensa. E essa mudança, mesmo que mais lenta, é mais profunda.


Este valor formativo não se limita a um departamento. Afeta todos os que tomam decisões: desde quem define a estratégia até quem desenha serviços, gere equipas ou representa a organização. Quando bem aproveitada, a investigação comercial torna-se transversal. Não fica apenas na equipa que a encomendou.


Profissional a apresentar perante um grupo em contexto corporativo, representando a partilha de conhecimento interno através da investigação de mercado.

Também é comum que, mesmo sendo encomendada para um objetivo específico, a investigação acabe por ter efeitos colaterais. Começa-se à procura de respostas para um produto ou campanha e acaba-se por redefinir a forma como se fala do projeto, como se interpreta o cliente ou como se avalia a posição da empresa no setor. Às vezes, não muda nada no imediato, mas deixa uma semente que, com o tempo, dá origem a uma transformação mais profunda. Isso também é formação.


Por isso, não se deve ver o estudo de mercado apenas como um documento com prazo de validade. Mesmo respondendo a uma necessidade pontual, o seu valor pode ir muito além, se lhe dermos espaço. Quando é partilhado internamente, lido com atenção, debatido sem pressa, deixa de ser um simples relatório útil para se tornar uma verdadeira ferramenta de cultura interna. Não é preciso que toda a gente leia os dados; basta que quem decide perceba o que o estudo os fez ver de forma diferente.


Um estudo de mercado pode trazer informação, sim. Mas também pode formar uma organização — mesmo sem essa intenção. Pode levar a escutar melhor, a observar com mais atenção, a comunicar com mais precisão. Pode mudar, aos poucos, a forma como se interpreta o que está fora da empresa. E essa capacidade, embora nem sempre procurada, é provavelmente uma das mais valiosas.


Se desejar entrar em contacto com a Creed Espanha, pode fazê-lo através do nosso formulário, por e-mail ou por telefone. Estamos aqui para ajudar.

 
 
 

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